domingo, 13 de fevereiro de 2011

O desafio de viver...

 Nada grandioso aconteceu.
Não posso mais emprestar mistério ao vazio, vida ao oco.
Não posso mais emprestar meus desejos para que pessoas se tornem desejáveis.
E, finalmente, não posso mais inventar amor só para poder falar dele. 
Mas pelo menos hoje quero me desafiar a fazer algo muito mais difícil.
Quero não sentir nada. Quero descansar meu coração de saco cheio das minhas invenções e precisando se preparar para viver algo de verdade.
  • Como será que é acordar e não esperar nada com o toque do celular, da campainha, do messenger, do e-mail, do ar, do chão ? 
  • Como será que é sentir e gostar da vida pela sua calmaria e banalidade? 
  • Como será que é viver a banalidade sem achar que isso é banal? 
A vida com seus defeitos, cinzas, brancos, estagnações, paradas, frios, silêncios, amenidades. 
A vida que pode não acelerar o peito e deixar tudo com 

estrelinhas de purpurina. Mas que é incrível por ser real e 

verdadeira.
(Tati Bernardi)

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